A cirurgia é realizada sob anestesia geral. Procede-se intubação seletiva ou tubo simples, dependendo do paciente. Coloca-se o paciente em decúbito dorsal, com 30 a 45 graus de decúbito. Uma incisão de 5 mm é feita na região sub-mamária no paciente feminino, e na região infra-mamilar no sexo masculino. Um segundo trocáter ou portal é colocado através de incisão de 5 mm na região axilar.
A cadeia torácica é visualizada através de uma ótica de vídeo introduzida pelo portal inferior. A primeira costela sobre cuja cabeça encontra-se o gânglio estrelado não é visualizada. A primeira costela visualizada dento do tórax é a segunda e que serve como ponto de reparo. Pelo portal da axila é introduzido uma pinça, sendo realizado através desta a secção do nervo. A técnica pode modificar conforme a rotina da equipe cirúrgica, sendo sempre apromorada com a experiência adquirida. Quanto mais alta a secção do nervo, maior a chance do paciente apresentar hiperidrose compensatoria no pós-operatorio. Em geral para suor na região cranio-facial é abordado os níveis T3 e T4, na região palmar T3-T4 ou T4-T5, conforme o caso, e T4-T5 na hiperidrose axilar, na presença ou não de hiperidrose plantar.
Atualmente, é praticamente consenso na literatura que a preservação do segundo gânglio da cadeia simpática torácica não interfere decisivamente no resultado da intervenção, nem nas mãos nem nas axilas, e é de fundamental importância para reduzir a intensidade da sudorese compensatória.
Após o término do procedimento, é introduzida uma sonda de aspiração pelo portal da axila e o anestesista realiza a insuflação do pulmão, para que haja saída de ar do espaço pleural. Raramente é necessária a permanência do dreno torácico ao término da cirurgia. Ambos os lados são feitos no mesmo ato anestésico, durando em torno de 20 minutos. Após realiza-se fechamento da pele e curativo local.
As complicações mais importantes são o sangramento intra-operatório (geralmente em pequena quantidade e facilmente controlado pelo cirurgião). pneumotórax (ar residual na cavidade pleural), que raramente precisa ser evacuado no pós-operatório, além de infecção e dor torácica.
No pós-operatório, pode haver um aumento ou aparecimento de suor em outras áreas do corpo, e a isso chamamos de suor compensatório (hiperidrose compensatória, hiperidrose reflexa ou suor reflexo), variando de pessoa para pessoa.
Não está bem claro porque isso pode ocorrer, mas existem algumas teorias acerca do assunto. A mais aceita é que quando a interrupção do nervo simpático é realizada em níveis mais altos (T2), pode tornar difícil ao nosso organismo compreender quando é a hora de parar de suar (feedback) e, por isso, pode ocorrer o chamado “suor compensatório”. Este geralmente regride em até 6 meses após a cirurgia.
Está descrita em algumas séries a recorrência da hiperhidrose em 8,2% dos portadores de hiperidrose palmar, e em 13,7% dos pacientes com hiperidrose axilar, em seguimento médio de mais de 1 ano.
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